Meu pai lançou semana passada o seu segundo livro pela Quártica: Chico Pedreira - O agente especial, acima da lei ninguém além de Deus. Uma gostosa história policial em um futuro não muito distante...
Deixo com vocês, o prefácio feito pelo meu amigo dos Morcegos ,Dilberto Lima Rosa, quem se interessar é só deixar um recado com email.
Um Prefácio
José Maria Soares Viana nos oferece agora, em seu segundo livro, um banquete de ficção em uma visão futurista de seu Maranhão, enredado numa trama estóica de um agente combatente do narcotráfico em nosso pobre Estado, numa cidade que, embora no futuro, ainda respira um atraso enlameado nos coronelismos políticos entre crimes de pistolagem e num ocaso de perspectivas tão comum ainda a tantas cidades maranhenses neste comecinho de século XXI...
A visão, nota-se de longe, é cinematográfica: o que reflete na fértil imaginação do autor, desde sempre um excelente contador de causos, em verso e em prosa! Tanto que faz versos (poeta nato!), ama e protesta em trânsito entre sua amada Santa Inês e a Capital São Luís há muitos anos...
Por isso é que a narrativa do autor José Viana prende, sem intenção do trocadilho com o presente enredo policial: é a lábia de um contador de causos sobre gente de sua terra, sobre cidades de quem conheceu o chão e sobre a pungência dos grandes detetives, entre o clima ‘noir’ dos filmes de sua juventude e o alagado sócio-político de nossas eternas (e etéreas) conjunturas...
Numa terra em que vida e morte costumeiramente se misturam a tramas de injustiças inúmeras, nada mais justo que um policial acabasse tornando-se a figura responsável pela limpeza devida, visualizada pela ânsia de justiça presente em José Viana e em cada um de seus leitores... Já o sucesso heróico do protagonista se entrelaça com as culpas e os anseios de um “herói” real, que vive a correr por sobre uma fina lâmina entre o certo e o errado... Prender ou exterminar... Ser ou apenas correr!
Falar mais da estória acabaria estragando: é ler para crer! É deixar um gostinho de “quero mais” como todo bom contador de estórias consegue fazer... Espero tornar-me “um” assim tão grande como o Velho Viana só demonstra mais e mais a cada livro com que nos presenteia... Um violeiro das letras e um prosador das grandes canções de outrora.
Afora o encantamento natural com as suas narrativas, resta sempre uma figura paternal bonita e um “bom-papo” para toda vida... Mais do que qualquer indefinição, na ficção, na vida real ou em um modesto prefácio: José Maria Viana narra, através de um policial, a saga das grandes estórias!Sem dúvida, um autor e um herói que não carecem de definição: eles apenas são! E espero que o sejam (quem sabe uma série policial com Chico Pedreira, ao sabor das intermináveis continuações do Cinema?) por ainda muitos e indefinidos tempos...
Dilberto Lima Rosa
Março de 2009
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