SANGUE Eu pertenço ao poema. disso eu sei. Só não sei que na falta de um tema, sangue escorrerá sobre minhas mãos. Se a artrite crônica de meu pensamento, confundirá por dentro todo o desalento do meu coração. Eu perteço ao poema. Todo o monólogo, sou eu quem dito. Todo o sofismo, só eu quem creio. E se se ferem meus rancores e perdem sangue minhas palavras, é como se a anemia me consumisse.