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SEU ISAIAS E O FIM DO MUNDO

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COLOQUIAL AMOR

Coloquial Amor                                                                            Para Moiseane Tobias O amor... Ele nem existe de forma tão cara assim: contém mais em um pedaço de pétala do que em um brilho de diamante. Nem é tão assim exagerado: está mais em um olhar do que em toques e abraços, mais em dois acordes , do que em uma sinfonia inteira. Nem é tão arrumado assim: pode acontecer em um encontro do metrô, em um sorriso de conforto, na crise de asma, e ficar longe de badalações. Nem é tão estação assim: pode caber em um só relâmpago e nem vir com a chuva. pode está na saliva da mordida na fruta e desprezar plantações, neves e pragas. Nem é tão norma culta assim: pode até ter viajado nas antíteses barrocas e nas métricas parnasianas, mas o vejo aqui:   nas inconstantes e inquietas   palavras coloquiais desses versos; querendo e tentando te amar!!! ©José Viana Filho

SEU SANTOS

SEU SANTOS José de Ribamar Silva Santos era um funcionário que todo patrão gostaria de ter: assíduo, discreto e vestia a camisa da empresa como nenhum outro. No caso, a Companhia União Caxiense , dona da fábrica têxtil localizada na praça do Pantheon , área central da Cidade de Caxias no Maranhão, foi a felizarda de tê-lo como funcionário. Supervisor geral da linha de produção, não deixou, nos seus trinta e sete anos de empresa, nenhuma vez a produção cair. Tinha a mão todas as funcionárias, e sempre fez questão de participar de todos os processos de seleção, desde que assumiu a supervisão. Esposo de Dona Iracema Carneiro Lago e pai de Sandra Mara, conhecida como a primeira Dentista da Cidade, e orgulho de Seu Santos. Sempre que ia nas reuniões do Lions Club e exacerbava no consumo de vinho, danava-se a recitar Gonçalves Dias e dizer aos quatro cantos que era pai da primeira feminista da cidade, que criara sua filha para ter independência e saber discernir os males do

JOÃO GOLINHA

JOÃO GOLINHA Ao meio dia, na década de sessenta, o centro de Caxias parava. Não muito diferente das cidades do interior do Maranhão, a terra de Gonçalves Dias, “dormia” na hora do almoço. O sol tinindo do começo da tarde, iluminava praças e ruas praticamente vazias. Vez ou outra era possível ver: uma senhora portando da sua sombrinha, ou um morador da zona rural vindo resolver algo no centro, em suas velhas bicicletas. João Fahd Sekeff, ganhou fama por ter o arroto mais alto da cidade: dizia-se que se ouvia da rua São Benedito, onde residia, até a praça da Matriz. Sendo exagero ou não, já era tradição, pelo menos nos seus arredores, toda a vizinhança esperar os arrotos logo após seus almoços. Eram ali, por volta das treze horas da tarde que eles eram escutados. Começavam tímidos e iam aumentando conforme seu João ia relaxando no decorrer dos minutos. Seu Benedito, músico e militar, um exímio trompetista chegou até a afirmar, que os ditos arrotos tinham sincron

ZEZÉ VIANA

ZEZÉ VIANA Para minha tia Matilde Maria José Ribeiro Viana, a Zezé Viana, era uma figura conhecida na cidade de Caxias no Estado do Maranhão. Em 1987, através do bêbado Zé Portinho, ganhou a alcunha de Xuxa geriátrica. Era motivo de chacota de alguns moradores, por insistir em seus mais de sessenta e cinco anos, em usar minissaias, às vezes branca, às vezes vermelha, com tecido de vinil com um brilho intenso e chamativo. Abusava e muito de uma maquiagem forte e, diziam as mulheres da cidade, bem caricata, parecendo em muitas ocasiões um personagem de circo ou de peça infantil.   Zezé Viana não casara e nem tivera filhos. Era a irmã mais velha, dos seis filhos de dona Iolanda Ribeiro e seu Idemar Viana. Segundo sua mãe, foi aluna exemplar do Instituto São José, uma excelente filha e irmã, ajudando a todos sempre que a chamavam. Ajudou a mãe nas tarefas domesticas até a morte da matriarca, criou todos os seus sobrinhos, que passavam dos vinte e se agregavam em c

MESMO QUE ACABE NÃO VAI TERMINAR

MESMO QUE ACABE NÃO VAI TERMINAR para Moise Eu me afobei quando te vi: Fugi,desencontrei Passei batido!! Te fotografei Mas não revelei!! Só eu sei que nunca amei porque sei do sabor que foi encontrar tua boca!! Quando tem que ser o verbo já foi ligado; já conjugamos nossa vida. Só eu sei que nunca amei Porque sei, Sabendo, sentindo O que é você ao meu lado. ©José Viana Filho

COM FUSÃO

COM FUSÃO               Para Moi Se confundes o inverso  c om universo O que farias com esse verso ? Quebre esse gelo mergulhe em minha água Sendo rainha Sendo fada... Preciso do teu caminho, quero teu ar para como essa fusão Te amar. ©José Viana Filho