Cinema de Pernambuco , NADA! ... Cinema nacional!!!
O diretor Claudio Assis(de Amarelo Manga) participou de um agradável debate(na faculdade de cinema em que estudo) sobre o seu mais novo longa, Baixio das Bestas. Logo após a exibição do filme, vimos um diretor que acompanha o seu discurso da película para a boca.É bom ver e ouvir diretores que são comprometidos com a sua obra, o discuso não cai, se mantém. Para mim foi grata a supresa de poder conversar com ele depois de ver uma obra tão impactante.
O diretor deixa os personagens caricatos e pertubados da metrópole pernambucana(de amarelo manga) e se remete a zona da mata do estado. Ao fundo vemos as platações e o corte da cana-de-açucar, enquanto o mundo desses personagens são apresentados de forma crua, lírica e acentuada.Cada personagem sabe o que veio fazer no plano. Nada é de graça no filme: seus tempos mortos descrevem a rotina de repetição do interior do nordeste, seus personagens agroboys(Matheus Nachtergaele e Caio Blat dão um show) com diálogos vazios e atos brutais são resultado de anos e anos da cultura latifundiária nordestina e até , podemos dizer nacional.As prostitutas largadas e violentadas(Dira Paes com sua beleza e talento foge da caricatura ) são reflexo da violência cada vez maior sobre as mulheres desses locais. E por fim a exploração sexual de uma jovem menina( a estreante Mariah Teixeira) pelo seu avô(que também é seu pai) ao meio de maracatu e cachaça, fazem um painel de denúncia e de perplexidade.
É triste saber que é real. Algumas pessoas vão ter repulssa e até taxar o filme de violento. Mas na realidade, a câmera de Claúdio Assis , sempre observadora , denuncia esse estado prostado em que se encontra a região e abre uma lente para quem quiser ver e entender o que se passa por algumas cidades do país.Ele revisa seu estado, sem perder a universalidade da obra. Seu filme não é de pernambuco é do Brasil e se comunica com o mundo. Baixio das Bestas deve ser assistido com o olhar atento para um Brasil que chama atenção e deve mudar.Deixemos de olhar um pouco nosso umbigo para reagir ao que o diretor nos mostra. Como diria o próprio Cláudio Assis: Quem não reage , rasteja
É ver e entender o que falo.
Frase da Semana: “o bom do cinema é que a gente pode fazer o que quiser” (personagem do Matheus Nachtergaele, olhando e falando para a câmera, em Baixio das Bestas”)

O diretor Claudio Assis(de Amarelo Manga) participou de um agradável debate(na faculdade de cinema em que estudo) sobre o seu mais novo longa, Baixio das Bestas. Logo após a exibição do filme, vimos um diretor que acompanha o seu discurso da película para a boca.É bom ver e ouvir diretores que são comprometidos com a sua obra, o discuso não cai, se mantém. Para mim foi grata a supresa de poder conversar com ele depois de ver uma obra tão impactante.
O diretor deixa os personagens caricatos e pertubados da metrópole pernambucana(de amarelo manga) e se remete a zona da mata do estado. Ao fundo vemos as platações e o corte da cana-de-açucar, enquanto o mundo desses personagens são apresentados de forma crua, lírica e acentuada.Cada personagem sabe o que veio fazer no plano. Nada é de graça no filme: seus tempos mortos descrevem a rotina de repetição do interior do nordeste, seus personagens agroboys(Matheus Nachtergaele e Caio Blat dão um show) com diálogos vazios e atos brutais são resultado de anos e anos da cultura latifundiária nordestina e até , podemos dizer nacional.As prostitutas largadas e violentadas(Dira Paes com sua beleza e talento foge da caricatura ) são reflexo da violência cada vez maior sobre as mulheres desses locais. E por fim a exploração sexual de uma jovem menina( a estreante Mariah Teixeira) pelo seu avô(que também é seu pai) ao meio de maracatu e cachaça, fazem um painel de denúncia e de perplexidade.

É triste saber que é real. Algumas pessoas vão ter repulssa e até taxar o filme de violento. Mas na realidade, a câmera de Claúdio Assis , sempre observadora , denuncia esse estado prostado em que se encontra a região e abre uma lente para quem quiser ver e entender o que se passa por algumas cidades do país.Ele revisa seu estado, sem perder a universalidade da obra. Seu filme não é de pernambuco é do Brasil e se comunica com o mundo. Baixio das Bestas deve ser assistido com o olhar atento para um Brasil que chama atenção e deve mudar.Deixemos de olhar um pouco nosso umbigo para reagir ao que o diretor nos mostra. Como diria o próprio Cláudio Assis: Quem não reage , rasteja
É ver e entender o que falo.
Frase da Semana: “o bom do cinema é que a gente pode fazer o que quiser” (personagem do Matheus Nachtergaele, olhando e falando para a câmera, em Baixio das Bestas”)
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