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PIXOTE- A LEI DO MAIS FRACO, DE HECTOR BABENCO..

Da série "os meu filmes prediletos da década de oitenta":



Pixote: O grito social que abre a década de oitenta..



Pixote





Hector Babenco joga na tela uma realidade social difícil de ser encarada.Pixote – a lei do mais fraco, ao primeiro momento, choca e incomoda. A história de um menino de dez anos e sua saga, abriu os anos oitenta dialogando e denunciando o completo abandono do Estado com suas crianças carentes e de baixa renda.Estão no filme, os reformatórios falidos funcionado como uma escola para a deliquência,a rua como abrigo do abandono, as drogas e a violência.

Dividido entre críticas e aplausos, Pixote escancara , na década de oitenta, problemas sociais graves, muitas vezes escondidos nas estatísticas da ditadura militar.É um filme que por sua estética e narração apelou ao mundo para que olhasse a vida dos meninos abandonados pelas marginais das grandes cidades.



Pixote faz da exclusão social um ponto de partida para uma análise mais profunda da desigualdade no Brasil.Produzir um filme que entrasse nesse tema de uma forma tão pungente, em época de ditadura, fez da produção um marco, dentro da história do cinema nacional.O filme ganhou o mundo e concorreu a diversos prêmios internacionais, incluindo uma indicação ao globo de ouro.Abrindo, inclusive, portas para o diretor Hector Babenco no mercado norte-americano.

O mundo de Pixote, Dito, Lilica, Chico, Fumaça e da prostituta Sueli não durou somente duas horas nas telonas do cinema do mundo a fora, ele ficou e até hoje incomoda os olhos da sociedade brasileira.O que faz de Pixote – a lei do mais fraco, ser uma referência obrigatória, ainda hoje, para qualquer filme que tente explorar o viés social para narrar uma história no cinema social.

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