Quando aparecem os créditos do genial documentário de Emir Kusturica(Maradona , 2008) , você se pergunta, quem foi mais retratado, o gênio da bola, que faz jus ao título e ou o gênio da câmera , o sérvio Emir Kusturica?
Maradona, o filme, tenta nos mostrar o que há por trás de Maradona, o ídolo, formando diversos painéis da figura do genial jogador argentino: o político sonhador e engajado, o admirador de Fidel e Che, o jogador e suas jogadas geniais, o apresentador de tv ,ou então, o mito que desperta paixões a ponto de criarem uma seita com seu nome.
Porém,a maior faceta dessa película , de pouco mais de 90 minutos , é expor o fã Kusturika e seus dilemas ao redor da produção do seu ídolo. O premiado diretor de Underground - Mentiras de Guerra(1995) e Quando Papai Saiu em Viagem de Negócios (1985) ,ambos palma de ouro em Cannes, se mostra como amigo, como entrevistador, produtor e roteirista e tenta procurar o homem em Maradona, desmascará-lo, mostrando momentos em comuns aos dois e da família de Diego.
Nessa exposição, vemos e aprendemos como é doloroso expor um ídolo seu, talvez ai , a abordagem que nos é mostrada, nos cative. Não é um documentário sobre futebol, longe disso, nem tão pouco mais uma exposição da vida agitada do craque(envolvendo cocaína e internações), é mais um filme de Emir Kusturica, e ,por si só ,já basta para dar uma conferida...
Comentários