BECKETT EM QUESTÃO
Samuel Beckett nasceu perto de Dublin, Irlanda, em uma sexta-feira santa, 13 de abril de 1906. Criado em uma família de classe média e protestante, ele foi na idade de 14 anos estudar na mesma escola que Oscar Wilde estudou. Revendo sua infância, ele uma vez comentou, "Eu tive um pequeno talento para a felicidade."
Samuel Beckett foi o primeiro autor do teatro do absurdo a ter fama internacional. Seus trabalhos têm sido traduzidos para mais de vinte línguas. Em 1969 ele foi premiado com o Prêmio Nobel para Literatura. Ele continuou escrevendo até sua morte em Paris no ano de 1989. Sua principal peça "À ESPERA DE GODOT" rompeu várias barreiras da linguagem teatral , criando o que seria a base fundamental para o teatro moderno.
Não estou aqui para fundamentar nenhuma teoria sobre esse genial autor, nem cabe a mim fazê-la, deixo para os críticos e estudiosos do teatro.No entanto quero indicar uma obra que li desse Irlandês , chama-se "PRIMEIRO AMOR":
A novela começa num cemitério e termina com um parto. Há espaços que se percorrem: uma casa, um banco de jardim, um estábulo, outra casa. Uma voz, sem nome, fala e consegue contar uma história: a sua. Deprimente, escatológica, lírica, divertida. Mais ou menos uma história de amor. Podia ser outra, diferente, mas parecida. Monólogos de vagabundos e inadaptados, com o crânio numa lástima, atravessadas por temas, lugares, objetos e expressões comuns. Ainda se contam histórias, ainda há uma espécie de personagens. Depois, só bocados e vozes, interrupções do silêncio.É um texto muito curto, para ler de uma só vez. Mas é também uma novela perturbadora, capaz de devastar qualquer ilustração romântica sugerida pelo título.
"PRIMEIRO AMOR" faz parte de um conjunto de quatro novelas, os primeiros textos de ficção que Beckett escreveu em francês, no pós-guerra, antes de "À ESPERA DE GODOT". As outras se chamam: "O EXPULSO", "O CALMANTE" e "O FIM". Terminei o livro sem saber se o protagonista, um tipo desgarrado que se envolve com uma prostituta, é uma vítima ou um monstro. Uma leitura rápida e essencial.

Samuel Beckett nasceu perto de Dublin, Irlanda, em uma sexta-feira santa, 13 de abril de 1906. Criado em uma família de classe média e protestante, ele foi na idade de 14 anos estudar na mesma escola que Oscar Wilde estudou. Revendo sua infância, ele uma vez comentou, "Eu tive um pequeno talento para a felicidade."
Samuel Beckett foi o primeiro autor do teatro do absurdo a ter fama internacional. Seus trabalhos têm sido traduzidos para mais de vinte línguas. Em 1969 ele foi premiado com o Prêmio Nobel para Literatura. Ele continuou escrevendo até sua morte em Paris no ano de 1989. Sua principal peça "À ESPERA DE GODOT" rompeu várias barreiras da linguagem teatral , criando o que seria a base fundamental para o teatro moderno.
Não estou aqui para fundamentar nenhuma teoria sobre esse genial autor, nem cabe a mim fazê-la, deixo para os críticos e estudiosos do teatro.No entanto quero indicar uma obra que li desse Irlandês , chama-se "PRIMEIRO AMOR":
A novela começa num cemitério e termina com um parto. Há espaços que se percorrem: uma casa, um banco de jardim, um estábulo, outra casa. Uma voz, sem nome, fala e consegue contar uma história: a sua. Deprimente, escatológica, lírica, divertida. Mais ou menos uma história de amor. Podia ser outra, diferente, mas parecida. Monólogos de vagabundos e inadaptados, com o crânio numa lástima, atravessadas por temas, lugares, objetos e expressões comuns. Ainda se contam histórias, ainda há uma espécie de personagens. Depois, só bocados e vozes, interrupções do silêncio.É um texto muito curto, para ler de uma só vez. Mas é também uma novela perturbadora, capaz de devastar qualquer ilustração romântica sugerida pelo título.
"PRIMEIRO AMOR" faz parte de um conjunto de quatro novelas, os primeiros textos de ficção que Beckett escreveu em francês, no pós-guerra, antes de "À ESPERA DE GODOT". As outras se chamam: "O EXPULSO", "O CALMANTE" e "O FIM". Terminei o livro sem saber se o protagonista, um tipo desgarrado que se envolve com uma prostituta, é uma vítima ou um monstro. Uma leitura rápida e essencial.

Comentários