De Billy Wilder
"Se há uma coisa que detesto mais do que não ser levado a sério, é ser levado a sério demais".
Billy Wilder
A estória é bem simples: C.C. Baxter é um funcionário ambicioso, vivido por Jack Lemmon. Ele empresta seu apartamento para seus superiores. Todos são casados e usam o espaço para ter encontros amorosos. Com essa tática Baxter começa a subir na companhia. Tudo inicialmente dá certo, até ele se apaixonar por Fran Kubelik, vivida por Shirley MacLaine, amante de um dos seus chefes.
O filme é uma comédia amoral. Carregado de um humor inteligente e ácido. Os roteiristas I.A.L. Diamond e Billy Wilder, conseguiram colocar em xeque algumas questões da sociedade capitalista moderna. A instituição familiar correta, dos idos da década de cinqüenta, é questionada quando mostra homens adúlteros e sem nenhum sentimento de culpa traindo suas esposas com as funcionárias da empresa.
C.C Baxter, na ânsia de galgar um melhor cargo dentro da empresa, entra em um perigoso jogo que mescla cumplicidade com seus chefes e elevação de cargos dentro do trabalho. Sem perceber que sua ascensão vai sempre ficar diretamente ligada a uma armadilha perigosa de abuso de poder e troca de favores.
O filme não traz nenhuma inovação com relação à narração, montagem e ou fotografia. Segue a linha americana clássica, porém no tratamento do tema é que a dupla de roteirista vai inovar. Não esqueçamos que a "mocinha" do filme (Fran Kubelik ) é adúltera e o "herói" vivido por Jack Lemmon, não é lá um poço de virtudes.
Ainda sobra espaço no filme para mostrar um pouco da solidão das grandes cidades. C.C Baxter é um homem que vive para o emprego e mora sozinho em um apartamento alugado. E mesmo cheio de más intenções se mostra um personagem solitário e até certo ponto ingênuo.
A amor vai servir tanto para a virada de Baxter, quanto de Fran Kubelik. Ao se apaixonarem os dois protagonizaram a ruptura de seus personagens: Baxter joga para o alto suas artimanhas, cargo e projeção social e abandona tudo, inclusive o apartamento (se ele falasse!), que foi palco para encontros e desencontros amorosos . E Fran Kubelik irá romper o caso amoroso sem futuro com seu chefe para terminar com Baxter. Os heróis erram e são humanos, se apaixonam e amam, assim como na vida real.
Billy Wilder foi premiado com o Oscar de melhor diretor por esse trabalho, o filme ainda ganhou mais quatro: melhor filme, melhor roteiro original, melhor direção de arte - preto e branco e melhor edição. "Se meu apartamento falasse" é um bom exemplo para ilustrar aquilo que o diretor sempre acreditou, é um filme que trata de temas sérios mais sem se levar a sério demais.
"Se há uma coisa que detesto mais do que não ser levado a sério, é ser levado a sério demais".
Billy Wilder

A estória é bem simples: C.C. Baxter é um funcionário ambicioso, vivido por Jack Lemmon. Ele empresta seu apartamento para seus superiores. Todos são casados e usam o espaço para ter encontros amorosos. Com essa tática Baxter começa a subir na companhia. Tudo inicialmente dá certo, até ele se apaixonar por Fran Kubelik, vivida por Shirley MacLaine, amante de um dos seus chefes.
O filme é uma comédia amoral. Carregado de um humor inteligente e ácido. Os roteiristas I.A.L. Diamond e Billy Wilder, conseguiram colocar em xeque algumas questões da sociedade capitalista moderna. A instituição familiar correta, dos idos da década de cinqüenta, é questionada quando mostra homens adúlteros e sem nenhum sentimento de culpa traindo suas esposas com as funcionárias da empresa.
C.C Baxter, na ânsia de galgar um melhor cargo dentro da empresa, entra em um perigoso jogo que mescla cumplicidade com seus chefes e elevação de cargos dentro do trabalho. Sem perceber que sua ascensão vai sempre ficar diretamente ligada a uma armadilha perigosa de abuso de poder e troca de favores.
O filme não traz nenhuma inovação com relação à narração, montagem e ou fotografia. Segue a linha americana clássica, porém no tratamento do tema é que a dupla de roteirista vai inovar. Não esqueçamos que a "mocinha" do filme (Fran Kubelik ) é adúltera e o "herói" vivido por Jack Lemmon, não é lá um poço de virtudes.
Ainda sobra espaço no filme para mostrar um pouco da solidão das grandes cidades. C.C Baxter é um homem que vive para o emprego e mora sozinho em um apartamento alugado. E mesmo cheio de más intenções se mostra um personagem solitário e até certo ponto ingênuo.
A amor vai servir tanto para a virada de Baxter, quanto de Fran Kubelik. Ao se apaixonarem os dois protagonizaram a ruptura de seus personagens: Baxter joga para o alto suas artimanhas, cargo e projeção social e abandona tudo, inclusive o apartamento (se ele falasse!), que foi palco para encontros e desencontros amorosos . E Fran Kubelik irá romper o caso amoroso sem futuro com seu chefe para terminar com Baxter. Os heróis erram e são humanos, se apaixonam e amam, assim como na vida real.
Billy Wilder foi premiado com o Oscar de melhor diretor por esse trabalho, o filme ainda ganhou mais quatro: melhor filme, melhor roteiro original, melhor direção de arte - preto e branco e melhor edição. "Se meu apartamento falasse" é um bom exemplo para ilustrar aquilo que o diretor sempre acreditou, é um filme que trata de temas sérios mais sem se levar a sério demais.
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