Wong Kar-Way: O cineasta dos desencontros.
Dentro da programação do Cine Odeon-Br para o mês de fevereiro, está a mostra "quatro de Wong Kar Wai", onde nas telas do belo cinema da cinelândia passaram os filmes: "Amor a flor da pele" ( In The Mood For Love, 2000) "Amores expressos" (Chungking Express, 1995), "Anjos Caídos" (Duo Luo Tian Shi, 1995) e "Felizes Juntos" (Cheun Gwong Tsa Sit, 1997), este último lhe valeu a palma de melhor direção no festival de Cannes.
Tive o prazer de depois de ter assistido a 2046 (seu último filme) dar de cara com uma grande mostra de sua obra em tela grande. Onde, aliás, qualquer filme deve ser contemplado. Revi dois filmes(Amor à Flor da Pele e Felizes Juntos) e contemplei ainda com duas obras primas que haviam passado em branco na minha lista cinematográfica.
Em "Anjos caídos",o poeta de Hong Kong, imprime com delicadeza e sensibilidade a vida de quatro personagens que se entrelaçam no decorrer do filme. Um assassino profissional e sua agente, desenvolvem uma estranha relação platônica. Enquanto que a cidade serve de palco para os assassinatos tramados por ela e executados por ele, o amor da agente se desenvolve de maneira lírica e nada convencional. Paralelo a isso, um surdo mudo vive de pequenos trambiques submerso ao seu silêncio e a relação com seu pai que está preste a morrer. Destaque para a atuação de Takeshi Kaneshiro que faz um deficiente sem cair no exagero e caricatura e ao mesmo tempo nos remete a um personagem cheio de comicidade. O final nos lança duas histórias que se cruzam para formar quem sabe, um belo casal.
Já em "Amores expressos" o mesmo Takeshi Kaneshiro faz um policial que se ver envolto em uma crise amorosa (terminou com sua namorada) e decide se apaixonar pela primeira mulher que aparecer. As ações do policial se cruzam com uma mulher misteriosa (uma espécie de traficante) e tem como palco mais uma vez a cidade, sempre como um personagem obscuro e observador das relações amorosas. Paralelo a isso um outro policial (Tony Leung, que está em todos os filmes exibidos) tem seu namoro terminado com uma bela aeromoça (linda mesmo) e vê seu caminho sempre cruzando com a balconista de lanchonete. Uma carta de despedida e uma chave do apartamento contemplam a esse que foi para mim, uma das mais belas histórias de amor já contadas.
As histórias se repetem, se cruzam. A cidade pode ser a mesma, a violência também, mas o estilo e o talento de Wong Kar-Way fazem com que sempre a mesma história tomem caminhos diferentes, o que faz com que os temas abordados pareçam estranhamente inéditos. Todos esses filmes já têm em locadora, em dvd e vhs, talvez aí uma grande diversão para quem quer entrar de cabeça em belas histórias cinematográficas ou curar doenças do coração.

Dentro da programação do Cine Odeon-Br para o mês de fevereiro, está a mostra "quatro de Wong Kar Wai", onde nas telas do belo cinema da cinelândia passaram os filmes: "Amor a flor da pele" ( In The Mood For Love, 2000) "Amores expressos" (Chungking Express, 1995), "Anjos Caídos" (Duo Luo Tian Shi, 1995) e "Felizes Juntos" (Cheun Gwong Tsa Sit, 1997), este último lhe valeu a palma de melhor direção no festival de Cannes.
Tive o prazer de depois de ter assistido a 2046 (seu último filme) dar de cara com uma grande mostra de sua obra em tela grande. Onde, aliás, qualquer filme deve ser contemplado. Revi dois filmes(Amor à Flor da Pele e Felizes Juntos) e contemplei ainda com duas obras primas que haviam passado em branco na minha lista cinematográfica.
Em "Anjos caídos",o poeta de Hong Kong, imprime com delicadeza e sensibilidade a vida de quatro personagens que se entrelaçam no decorrer do filme. Um assassino profissional e sua agente, desenvolvem uma estranha relação platônica. Enquanto que a cidade serve de palco para os assassinatos tramados por ela e executados por ele, o amor da agente se desenvolve de maneira lírica e nada convencional. Paralelo a isso, um surdo mudo vive de pequenos trambiques submerso ao seu silêncio e a relação com seu pai que está preste a morrer. Destaque para a atuação de Takeshi Kaneshiro que faz um deficiente sem cair no exagero e caricatura e ao mesmo tempo nos remete a um personagem cheio de comicidade. O final nos lança duas histórias que se cruzam para formar quem sabe, um belo casal.
Já em "Amores expressos" o mesmo Takeshi Kaneshiro faz um policial que se ver envolto em uma crise amorosa (terminou com sua namorada) e decide se apaixonar pela primeira mulher que aparecer. As ações do policial se cruzam com uma mulher misteriosa (uma espécie de traficante) e tem como palco mais uma vez a cidade, sempre como um personagem obscuro e observador das relações amorosas. Paralelo a isso um outro policial (Tony Leung, que está em todos os filmes exibidos) tem seu namoro terminado com uma bela aeromoça (linda mesmo) e vê seu caminho sempre cruzando com a balconista de lanchonete. Uma carta de despedida e uma chave do apartamento contemplam a esse que foi para mim, uma das mais belas histórias de amor já contadas.
As histórias se repetem, se cruzam. A cidade pode ser a mesma, a violência também, mas o estilo e o talento de Wong Kar-Way fazem com que sempre a mesma história tomem caminhos diferentes, o que faz com que os temas abordados pareçam estranhamente inéditos. Todos esses filmes já têm em locadora, em dvd e vhs, talvez aí uma grande diversão para quem quer entrar de cabeça em belas histórias cinematográficas ou curar doenças do coração.

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