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"TRANSFORMER" DE LOU REED E SECOS E MOLHADOS

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Nasci no meio da década de setenta e sou cria da década de oitenta, assumido, eu confesso. Mas tenho um interesse maior pelo que a década de sessenta e setenta criaram, exceto por uns ou outros, tudo o que foi produzido entre os idos 1960 até 1978 influenciaram, influenciam e influenciarão toda a música pop, durante no mínimo uns duzentos anos à frente...

Mas o que eu queria falar aqui era que achei dois grandes exemplos dessa minha tese, o primeiro álbum é "TRANSFORMER" de Lou Reed, uma pérola do início ao fim; com músicas que vão da depressão à falsa alegria americana. Um cheiro de "Glan Rock" no ar... "Transformer" foi o segundo lançamento solo, da carreira do ex-integrante da lendária banda Velvet Uderground. Com sua voz cadenciada (característica marcante aliás.) Lou Reed dá ritmo a um disco que marcaria boa parte da década de setenta e impulsionaria sua carreira.


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O disco, produzido por David Bowie (o camaleão do pop), trás pérolas como "I'm So Free?, "Satellite of Love" , "Vicious" e a sua composição mas tocada "Walk on the weild Side", do início ao fim imperdível para quem não gosta e obrigatório para quem quiser ousar dizer que é fã de Lou Reed.

O segundo achado é na verdade a queda de um furacão brasileiro que aportou no meio da década de setenta. O segundo Álbum (1974) do grupo "Secos e Molhados", vale ouro! Lá o grupo parte já para um som mais experimental e poético , depois do sucesso fenomenal do primeiro disco de 1973, parece-me que eles já não querem impressionar, mas impressionam ainda mais, pelo menos para mim.

A capa, toda negra com rostos marcados pela pintura característica (que dizem por ai que o Kiss copiou), o álbum traz canções como "Tercer Mundo", "Flores Astrais" (que o RPM reagravou), "Não, não digas Nada" (Poema de Fernando Pessoa Musicado) e a deliciosa "Hierofante" (a música deles que mais gosto).

O grupo formado por Gerson Conrad, João Ricardo e Ney Matogrosso acabou no segundo disco, porém, mostrou que um pouco de ousadia, deve ser sempre um ingrediente básico para a formação de novas idéias, novos sons, e, lógico, novas correntes poéticas.


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